terça-feira, 28 de junho de 2016

MATANÇA EM CASTANHAL: 5 FORAM ASSASSINADOS EM MENOS DE 5 DIAS

E a matança não para na cidade de Castanhal, nordeste do Estado. Das primeiras horas de sexta-feira (24) até as primeiras horas da madrugada de hoje (terça-feira, 28,), 5 pessoas foram assassinadas. O primeiro crime aconteceu na sexta-feira, na agrovila Iracema (zona rural), e teve como vítima Eliseu Reis do Carmo, de 22 anos. Eliseu foi morto a tiros e a facadas, segundo a irmã dele, Maria Edinalva do Carmo.

Na Delegacia de Polícia Civil do centro da cidade, Maria Edinalva disse que se encontrava em seu local de trabalho quando, por volta das 21h30min, ficou sabendo que seu irmão Eliseu Reis do Carmo havia sido baleado e esfaqueado nas dependências de um bar localizado na estrada da agrovila Iracema. “Quando cheguei ao local, meu irmão já estava sem vida”, lamentou. “Uma hora antes do ocorrido, 4 homens, sendo 2 deles portando 1 arma de fogo cada, foram até a residência de minha mãe e, bastante nervosos, perguntaram pelo meu irmão Eliseu, que não estava na casa”, contou Maria Ednalva.

Ainda segundo ela, antes de ir em bora, um dos homens teria dito – “Vocês vão sentir a mesma dor que nós sentimos quando ele (Eliseu) matou meu irmão” – referindo-se ao homicídio de um peixeiro de prenome Elielson, conhecido naquela comunidade pelo apelido de “Cató”, o qual Eliseu teria o assassinado a facadas dentro da própria casa do peixeiro, também localizada na agrovila Iracema, no dia 6 de outubro do ano passado. “Não sei dizer se realmente foi meu irmão que matou esse peixeiro”, acrescentou. Maria Edinalva informou ainda que depois que saíram da residência da mãe dela, os 4 homens foram até o Bar da Maria, onde seu irmão estava se divertindo e o mataram a tiros e a facadas.

O caso foi registrado no plantão da delegada Ariane Magno Gomes. A Polícia Civil tenta descobrir se o assassinato de Eliseu Reis do Carmo foi ou não motivado por vingança. Os envolvidos no crime ainda não foram identificados e ainda permanecem foragidos.

TIROS NA CABEÇA

O segundo homicídio do fim de semana registrado em Castanhal aconteceu na madrugada de domingo (26). Por volta das 5h30min, policiais militares do Núcleo Integrado de Operações (Niop) receberam uma informação, via rádio, dando conta que um corpo do sexo masculino havia sido encontrado na rua Marechal Deodoro, bem próximo ao campo de futebol “João Banana”, no bairro Santa Catarina, periferia da cidade.

A informação foi repassada para a equipe de policiais civis de plantão na delegacia do centro. De imediato, os investigadores Carlos, Cleyton e Valdecir, sob o comando do delegado João Batista Amorim, se deslocaram até o endereço informado e encontraram um homem morto, que estava de bruços e com pelo menos 3 perfurações provocadas por disparos de arma de fogo na cabeça. No local ninguém soube informar como teria acontecido e por quem o crime teria sido praticado.

O corpo foi removido para o Instituto Medico Legal (IML) e, até o início da noite de ontem, permanecia como indigente no necrotério. A vítima, aparentando ter entre 25 a 30 anos de idade, tem cabelo com luzes, trajava uma camisa de cor verde clara, uma bermuda de cores amarela e preta e uma sandália preta. O caso ainda é um mistério para a polícia local.

PORTELINHA

O terceiro assassinato aconteceu na noite de domingo (26), por volta das 19h30min, na ocupação da Portelinha, área do bairro Jaderândia, periferia de Castanhal. Nacelmo Braga de Sousa, o conhecido “Galego”, de 26 anos, caiu morto na rua Júlio Vasconcelos, após ser alvejado a tiros. “Em janeiro deste ano, Nacelmo foi morar em Belém, depois que saiu da cadeia, onde cumpria pena pelo crime de homicídio praticado contra José Travassos da Conceição, ocorrido em 14 de outubro de 2014”, disse Reginaldo de Sousa Freitas, irmão de Nacelmo.

Na manhã de domingo, Nacelmo chegou de Belém e foi à casa de sua mãe, para visitá-la, passou o dia na casa dela e, já pela parte da tarde, pegou uma bicicleta e saiu dizendo que iria até a ocupação da Portelinha, mas sem dar satisfação sobre o que iria fazer lá. “Já no início da noite fui informado que meu irmão havia sido assassinado a tiros. No local do crime não estava a bicicleta dele e nem o telefone digital que ele possuía”, contou Reginaldo de Sousa, suspeitando que seu irmão teria sido vítima de um latrocínio (roubo seguido de morte) ou até mesmo de uma vingança.




PAULADAS E PEDRADAS

Na madrugada de ontem, por volta das 3h30min, um homem identificado como Anderson Santos, o “Nero”, de 31 anos, foi espancado até a morte no conjunto Bibiana II, periferia de Castanhal. A vítima foi morta a pauladas e pedradas. No local ninguém soube dizer para o delegado Nélio Magalhães, da Polícia Civil, como teria acontecido e por quem ou quantas pessoas o crime teria sido praticado. O caso foi registrado na 17ª Seccional Urbana de Polícia Civil do bairro Jaderlândia.















VIGILANTE MORTO A TIROS

E no início da madrugada de hoje, por volta de 1h30min, o vigilante noturno Marcos Oliveira Nunes, de 22 anos, foi assassinado com 2 tiros de revólver no pescoço. Marcos conduzia sua motocicleta pela rodovia PA-320 quando, na altura do bairro Imperador, foi surpreendido por dois homens desconhecidos, que estavam em outra motocicleta de cor preta. Os desconhecidos efetuaram vários disparos de arma de fogo contra o vigilante, que foi atingido 2 vezes no pescoço e morreu no local.

No local, poucos minutos depois do crime, um cunhado da vítima, que
também é vigilante, disse à uma guarnição da Polícia Militar que Marcos andava armado e chegou a até suspeitar que os assassinos teriam roubado a arma do vigilante. Mas, para a Polícia Civil, o cunhado do rapaz assassinado deu outra versão: disse que Marcos não andava armado. Ao lado do corpo foi encontrado um coldre (material usado para guardar revólver). Os bolsos da caça da vítima estavam todos revirados.

Marcos Oliveira Nunes residia no conjunto dos Buritis, em Castanhal. Já é o 4ª vigilante noturno assassinado em Castanhal somente neste ano. Todos os casos estão sendo investigados pela equipe da Divisão de Homicídios (DH) do Apeú, Distrito Castanhalense.

Vigilante Marcos
Reportagem: Tiago Silva

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