Na manhã de sexta-feira (10), moradores
de Curuçá, nordeste do Estado, interditaram, por algumas horas, a rodovia
PA-136, principal rodovia que dá acesso ao município. A via foi interditada com
paus e pneus em chamas. O trafego de veículos só voltou a fluir normalmente no início da tarde, depois que a Polícia Militar chegou ao local para negociar com
os manifestantes.
O principal motivo da manifestação foi
cobrar mais agilidade nas investigações sobre o estupro seguido de assassinato
de uma adolescente de 16 anos de idade. O caso aconteceu no dia 10 do mês
passado, na localidade de Ponta de Ramos, interior de Curuçá. De acordo com o
sargento Santos, da Polícia Militar, a vítima foi violentada sexualmente e depois
assassinada por estrangulamento. “Usaram as roupas da própria vítima para
estrangulá-la”, contou. Ainda de acordo com o policial militar, o corpo da
adolescente foi encontrado às proximidades da beira de um rio que corta a
localidade de Ponta de Ramos.
O caso gerou revolta popular. Na época,
3 homens foram apontados como suspeitos e conduzidos à Delegacia de Polícia
Civil de Curuçá, onde foram ouvidos pelo delegado de plantão e depois
encaminhados ao Instituto Médico Legal (IML) da cidade de Castanhal, para
realização de exame sexológico. Após todos os procedimentos, os suspeitos foram
liberados e aguardam o término das investigações. Somente o laudo oficial do
IML irá apontar se os suspeitos são ou não os responsáveis pelo estupro seguido
de assassinato da garota. Se o exame der positivo, as prisões preventivas dos
suspeitos serão solicitadas à justiça. O BLOG não conseguiu contato com o
delegado Gabriel Oliveira, responsável pelas investigações.
“Já faz um mês que esse caso está sem
solução. Estamos cobrando maior providência da Polícia Civil. Esse caso não
pode ficar impune”, cobrou Jairo Moares, um dos manifestantes.
Reportagem: Tiago Silva
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