terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Homem é morto com tiro na testa e o principal suspeito é um policial civil

O assassinato que está causando polêmica na região nordeste do Pará é o do trabalhador autônomo Laércio Antonio Cruz da Silva, de 34 anos, morto com um tiro na testa na noite do último sábado, 08, no Distrito do Apeú, pertencente à cidade de Castanhal. O crime aconteceu por volta das 22hs, em frente a um residencial, onde a vítima havia alugado uma quitnet há pouco tempo. 

Local do crime
Segundo informações da família, repassadas a equipe de reportagem do Rota Castanhal, no dia do crime, Laércio estava se divertindo com uma irmã na agrovila Pacucuara, quando recebeu várias ligações no celular. "Eu e meu irmão estávamos nos divertindo quando o celular dele tocou, ele atendeu e depois disse que era um amigo e que iria sair 'rapidinho' para ganhar dez reais para levar esse amigo em algum lugar. Antes de sair, ele acariciou o meu rosto e disse que voltaria logo. Essas foram as últimas palavras que ouvi do meu irmão", disse uma imã da vítima, que preferiu não se identificar.
Vítima do lado esquerdo da foto

A família acredita que o motivo do crime teria sido por conta de uma traição. É que durante a possível viagem, para encontrar com o amigo, o Laércio teria visto a esposa, identificada por Darlene, bebendo em um bar com outro homem, o qual ela teria um relacionamento amoroso. O marido, após ver a sena, discutiu com a mulher e depois foi embora ficar na quitnet, situada na rua Francisco Sales, no Apeú. Minutos depois a esposa chegou  acompanhada com o possível amante. Irritado, O marido foi tomar satisfação e durante uma discussão o homem, que seria o amante, efetuou um disparo de arma de fogo na testa de Laércio, que morreu na hora, deixando uma filha adolescente de 14 anos de idade.

O principal suspeito de ter cometido o crime é um investigador de Polícia Civil de prenome Édson e conhecido pelos amigos por "Sadan". Testemunhas oculares teriam presenciado o momento em que o policial atirou  na vítima e depois fugiu em um carro, marca Prisma de cor preta. O acusado poderia se apresentar na manhã desta segunda-feira, 10, na sede da Superintendência do Salgado, em Castanhal, acompanhado de um advogado, mas não compareceu. 

Delegado Temmer
Delegacia do Apeú
Uma coletiva de imprensa foi marcada na sede da Divisão de Homicídios, no Apeú, onde o delegado Temmer Cayatte disse, durante entrevista, que o policial Édson não iria se apresentar na Superintendência do Salgado e sim na Divisão de Crimes Funcionais (DECRIF), em Belém. Disse ainda que o caso iria ser apurado por lá, devido ser uma divisão que investiga crimes envolvendo integrantes da Polícia Civil. O delegado contou uma versão, relatada pela companheira da vítima, de que no dia do homicídio o policial teria ido até o local deixar a Darlene, pois ela seria sua amiga e que o marido teria visto ela descer do carro e ficou chateado, foi quando começou uma discussão entre o casal. O investigador teria tentado apaziguar e a briga passou a ser entre a vítima e o policial, momento em que o Laércio teria desferido alguns golpes de correntes de motocicleta no investigador, que, segundo a nova versão, para se defender o policial efetuou um disparo de revolver calibre 38 na testa do Laércio Antonio Cruz da Silva, ocasionando a morte.

O delegado Temmer Cayatte informou que esteve na sede da Divisão de Crimes Funcionais (DECRIF) e que o Policial Civil Édson ainda não havia comparecido até às 13hs de ontem, segunda-feira, 10.

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