Na cidade de Castanhal,
nordeste paraense, três pessoas foram mortas a tiros num intervalo de treze
horas. Na noite de terça-feira (15), o pai de santo José Flávio Ferreira de
Andrade, de 36 anos, foi atingido com 3 tiros e caiu morto em frente a casa
onde morava, localizada no bairro Estrela, mais precisamente na Alameda Liberdade.
De acordo com informações repassadas
pelas policias civil e militar, o relógio marcava 22h quando dois homens
chegaram à residência e perguntaram por Flávio. “Ele estava dormindo e a irmã
dele foi acordá-lo. Testemunhas contaram que o Flávio se dirigiu até a dupla e
acabou sendo executado com 3 tiros na cabeça”, informou o subtenente Mota, da
Polícia Militar. Ainda segundo o policial militar, o atirador e seu comparsa
fugiram em uma motocicleta modelo Pop 100 de cor branca. Até o fechamento dessa
edição nenhum suspeito havia sido detido.
“As informações iniciais dão conta de
que, provavelmente, a vítima teria algum tipo de relacionamento homoafetivo com
o assassino ou alguém relacionado a ele”, contou o delegado Rodrigo Venoso
Zambardino, da Polícia Civil. José Flávio Ferreira de Andrade fazia “trabalhos
espirituais” e “lia cartas”, mas não foi capaz de prever a própria morte.
PEDREIRO É EXECUTADO COM 6 TIROS
Na manhã do dia seguinte (quarta-feira, 16,), por volta das 11h, o
pedreiro Edevaldo Fonseca de Sousa, de 30 anos, construía o muro de uma casa
situada no conjunto Jardim Tropical ou Heliolândia, periferia de Castanhal,
quando foi executado com vários tiros disparados por um desconhecido.
“Moradores da área ouviram pelo menos 6 disparos de arma de fogo. O atirador e
o comparsa dele fugiram em uma motocicleta modelo Pop 100 de cor preta. O
modelo e a placa não foram anotados por testemunhas”, informou o sargento
Pessoa, da Polícia Militar.
Logo a má notícia se espalhou e vários
curiosos compareceram ao local para assistir a remoção do corpo feita por
peritos do Instituto Médico Legal (IML). O sargento Pessoa, cabos Odair e R.
Gondin, de serviço na viatura 0518, realizaram várias incursões na tentativa de
prender os assassinos, mas ninguém foi localizado. A família não informou se o
pedreiro Edevaldo possuía inimigos ou se ele vinha sofrendo ameaças. O caso
ficou de ser registrado na 12ª Seccional Urbana do bairro Jaderlândia. A
Polícia Civil ficou de puxar a ficha para saber se a vítima possuía ou não
passagens pela justiça.
AMEAÇOU ATIRAR EM POLICIAIS E ACABOU MORTO
15 minutos depois do segundo assassinato, policiais militares
do Recobrimento Tático realizando ronda ostensiva pelo bairro Santa Catarina avistaram
dois suspeitos caminhando em via pública. Ao perceber a aproximação da
guarnição, um dos suspeitos teria sacado de uma arma de fogo e apontado na
direção da equipe policial. O suspeito, identificado apenas pelo prenome de
Lucas, que teria 15 anos de idade, acabou sendo neutralizado por um tiro e
morreu assim que deu entrada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) 24 Horas.
A arma de fogo de fabricação caseira,
que estava em poder do adolescente, foi apreendida e apresentada na delegacia
do centro de Castanhal, junto com o segundo suspeito, que estava na companhia
de Lucas. Ele foi identificado como Wilson Oliveira Mota, de 19 anos. A Polícia
Civil abriu inquérito para apurar o caso.
Reportagem: Tiago Silva
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