Três pessoas que estariam envolvidas direta e indiretamente nos incêndios de dois ônibus ocorridos na cidade de Castanhal, nordeste paraense, foram presas após intensas buscas feitas pela Polícia Militar. O primeiro coletivo incendiado foi no bairro da Cohab, no meio da tarde de domingo (29). À noite outro coletivo da mesma empresa de transportes foi queimado no final da linha do conjunto Rouxinol, por volta das 21h.
“Intensificamos as rondas ostensivas, aumentamos o número de policiais nas ruas, abordamos e revistamos pessoas suspeitas, bem como veículos, e, com a ajuda da comunidade, conseguimos localizar e prender três pessoas envolvidas nos incêndios criminosos”, informou o Tenente Coronel França, comandante do 5º Batalhão de Polícia Militar (5º BPM). Os acusados foram identificados como Geovane Abreu Oliveira Honório, 23, a companheira dele, Gabriela Ramos Alcoforado, 18, e Tamiles dos Santos, de 23 anos. Na casa em que eles estavam foi encontrada uma arma de fogo e munições.
“Recebemos uma informação dando conta que alguns dos envolvidos nos
incêndios estariam escondidos em uma casa, localizada no bairro Pirapora. Acompanhado do cabo Anderson fui ao endereço e, com a permissão dos proprietários, entramos na casa”, contou o sargento J. Monteiro. Durante revista minuciosa no imóvel, o cabo Rocha encontrou um revólver calibre 38 contendo 6 munições intactas no tambor. Uma arma de pressão (imitação de uma metralhadora) e uma motocicleta modelo Biz, cor prata, usada na fuga dos criminosos, também foram apreendidos.
incêndios estariam escondidos em uma casa, localizada no bairro Pirapora. Acompanhado do cabo Anderson fui ao endereço e, com a permissão dos proprietários, entramos na casa”, contou o sargento J. Monteiro. Durante revista minuciosa no imóvel, o cabo Rocha encontrou um revólver calibre 38 contendo 6 munições intactas no tambor. Uma arma de pressão (imitação de uma metralhadora) e uma motocicleta modelo Biz, cor prata, usada na fuga dos criminosos, também foram apreendidos.
Ainda participaram da prisão, o sargento Guerreiro e soldado Keila. “Várias guarnições da 1ª e 2ª companhia se empenharam na missão. Na delegacia, o Geovane alegou que havia perdido uma arma de fogo de um bandido perigoso e que, em troca, o tal bandido teria pedido para que ele ateasse fogo em um ônibus”, explicou o sargento Guerreiro. Gabriela e Tamiles teriam confirmado a versão de Geovane. Os três moram de aluguel em uma casa no bairro Pirapora, onde foram presos.
Os três responderão por posse ilegal de arma de fogo de munições, além de associação criminosa e por crime qualificado provocados pelos incêndios. Outras três pessoas que também teriam tido envolvimento nos incêndios contra os coletivos seguem foragidas, mas já foram devidamente identificadas. As duas mulheres ficaram de ser transferidas para o presídio feminino de Ananindeua e o homem para o presídio de Castanhal.
MEDO
Durante a ação audaciosa, os criminosos teriam prometido que no dia seguinte iriam incendiar algumas escolas. A Secretaria Municipal de Educação (Semed), através do secretário Nélio Amorim, informou que as aulas aconteceram normalmente e que Guardas Municipais reforçaram a segurança nas 81 escolas, sendo 43 na zona urbana e 38 na zona rural. “Minha mãe ficou com muito medo e pediu que eu não viesse assistir aula hoje, mas vim por que acredito que ninguém vai tacar fogo em escola alguma”, aposta a estudante Layane Vanessa, da Escola Estadual Cônego Leitão.
Os coletivos circularam normalmente na cidade. “Estamos trabalhando, mas com medo por causa da onda de violência que aconteceu no dia anterior. Mas fazer o que? Temos que trabalhar mesmo!”, disse Casemiro Lopes, motorista de ônibus da empresa Rosa Transportes. Já o promotor de vendas em estabelecimentos comerciais, Antônio da Silva, disse que só pegou o ônibus para ir ao trabalho por que é seu único meio de transporte.
PREJUÍZO
Manoel Azevedo, dono dos carros incendiados, informou que o prejuízo seria de aproximadamente R$ 200 mil reais. Ele disse ainda que concorrentes teriam ameaçado de incendiar seus ônibus. “2 ou três meses atrás vieram aqui na empresa dizer que iam me bater e que iam tacar fogo nos meus ônibus e realmente aconteceu. Registrei o Boletim de Ocorrência (B.O), para que a Polícia Civil investigue o caso”, contou Manoel Azevedo.
Reportagem: Tiago Silva
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