No sábado (5), no intervalo
de 7 horas, dois pais de famílias perderam suas vidas, vítimas de latrocínio
(roubo seguido de morte). Os crimes aconteceram na cidade de Castanhal,
nordeste paraense. Os criminosos ainda estão foragidos. O primeiro caso foi no
conjunto Imperial, por volta das 12h30min, e teve como vítima Raimundo do
Espirito Santo, de 48 anos.
Dois desconhecidos invadiram um
açougue, localizado na rua Maximino Nonato Bezerra, e anunciaram um assalto. Em
seguida, um dos assaltantes, com um revólver em punho, passou a agredir
fisicamente algumas pessoas que estavam no estabelecimento e fazer ameaças de
morte dizendo que eram para passar todo o dinheiro. Após a subtração da renda
do açougue, aparelhos celulares de clientes e confecções de uma loja ao lado, o
assaltante que estava com a arma fugiu em uma motocicleta modelo Fan 150
cilindradas, cor preta, sem placa.
O segundo assaltante ainda permaneceu
por alguns minutos no local e, percebendo que ele não estava armado, o filho do
dono do açougue jogou o capacete acertando o ladrão. Depois disso outras
pessoas passaram a agredir o fora da lei, fazendo justiça com as próprias mãos.
Percebendo que seu comparsa estava em perigo, o outro fora da lei que havia
fugido, retornou e efetuou vários disparos de arma de fogo contra a multidão.
Um dos tiros atingiu o dono do açougue, Raimundo do Espirito Santo, de 48 anos.
Ele foi socorrido e levado dentro de um carro particular até a Unidade de
Pronto Atendimento (UPA) 24 Horas, onde não resistiu ao ferimento e morreu.
Outro crime parecido aconteceu já por
volta das 19h30min, no conjunto Tókio, mais precisamente na alameda W E 5, onde
duas crianças, sendo uma menina de 7 e um garoto de 13 anos brincavam com 2
aparelhos celulares em frente a casa do avô
(na calçada) quando foram surpreendidas por um adolescente que portava
uma arma de fogo do tipo revólver pedindo que a menina e o garoto passassem os
dois celulares. Foi quando o avô das crianças, identificado como Francisco
Basílio de Jesus, de 53 anos de idade, saiu e perguntou o que estava
acontecendo. “Nesse momento, o ‘moleque’ apontou a arma em direção ao meu sogro
e atirou nele”, contou uma das noras da vítima fatal, que preferiu o anonimato.
De acordo com familiares, Francisco
Basílio de Jesus esperou por uma ambulância por 30 ou 40 minutos e, como
nenhuma unidade de resgate apareceu, a vítima teve que ser transportada em um
carro particular até a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) 24 Horas, onde não
resistiu ao ferimento a bala e faleceu depois de 15 minutos de dar entrada
naquela unidade de saúde.
O atirador fugiu sem ser identificado e
sem levar os aparelhos celulares. Os dois casos de latrocínio estão sendo
investigados pelo delegado Paulo Benício. O policial civil pede para quem
souber do paradeiro dos latrocidas que os denunciem à polícia, através do
Disque-Denuncia (181) ou 190 (Ciop). A identidade do denunciante será preservada.
Reportagem: Tiago Silva
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