A
Polícia Civil investiga a morte de um preso na delegacia de São Francisco do
Pará, nordeste do Estado. Na madrugada do último sábado, 22, um preso amanheceu
morto numa das celas do prédio. A polícia não descarta nenhuma hipótese para o
crime.
O
preso de justiça Raimundo da Silva Monteiro, 58 anos, foi encontrado pendurado
na cela da delegacia. A vítima estava preso há três meses em São Francisco e
era acusado de estuprar o próprio sobrinho de apenas dez anos. O crime causou
repercussão no município. Com medo de sofrer violência física no presídio, o
acusado pediu para que permanecesse na delegacia da cidade. De acordo com
informações de seu companheiro de cela, Marcelo Souza de Freitas, 22 anos, a
vítima não apresentava problemas emocionais. “A gente ficou conversando até as
05h da manhã, depois a água chegou, tomei meu banho e fui dormir. Quando foi
umas 08h acordei com a cozinheira chamando, quando olhei para trás vi o corpo
dele amarrado”, disse o detento Marcelo Souza que ficou desesperado ao ver o
corpo do amigo.
Apesar
das características apontarem para suicídio, a Polícia Civil não descartou
nenhuma hipótese para a morte do detento. “As evidências apontam para isso, mas
como havia outro preso na cela e a vítima era acusado de estupro, não podemos
descartar nada. Vamos esperar o exame do IML para comprovar a integridade
física da vítima” disse o Delegado Casemiro Beltrão.
O
Centro de Pericias Cientifica, Renato Chaves, esteve na delegacia de São
Francisco e fez a remoção do corpo. Segundo um dos peritos, a vítima estava
amarrada na grade de ventilação da cela. Os pés do detento estavam apenas 30 cm
do chão.
Segundo
o preso Marcelo Souza, a vítima teria contado para os familiares que não estava
suportando a culpa de ter cometido um crime contra o próprio sobrinho e poderia
a qualquer momento cometer uma loucura. “Essa é a versão dele, mas vamos
conversar com os familiares para saber o que de fato foi conversado nos últimos
dias, para saber se a vítima tinha intenção de tirar a própria vida. De
qualquer forma o detento também será conduzido para o IML para fazer exame para
saber se houve luta corporal ou violação carnal”, concluiu Casemiro Beltrão.
Texto e fotos:
Paulo Allan Queiroz
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