sábado, 9 de março de 2013

Idosa de 77 anos recebia maustratos da própria família



A Polícia Civil, através da Delegacia de Atendimento a Mulher (DEAM), deteve na manhã de quinta-feira, 07, em Castanhal, nordeste do Estado, uma mulher acusada de maltratar a própria mãe. A aposentada de 77 anos vivia em condições desumanas e não podia usar o próprio banheiro por determinação da filha.

Era por volta das 10h quando a Polícia Civil articulou uma operação para resgatar a aposentada Maria da Penha de 77 anos. Através de denúncia anônima a delegacia da mulher descobriu que a senhora era maltratada pela própria família. Dona Maria entregava o dinheiro da aposentadoria para a filha, em contrapartida receberia todos os cuidados necessários, mas ao chegar à residência, localizada na comunidade do Padre, Zona rural de Castanhal, os policiais encontraram a aposentada sem roupas numa cadeira de plástico amarrada a uma mesa. “É um descaso total com a dignidade de uma senhora. Ela está presa, amarrada numa cadeira, despida e sem o mínimo de higiene. Ela tem problemas mentais e com certeza não vai ao médico há bastante tempo, ou seja, ela está numa situação precária de uma desumanidade tamanha”, disse a delegada Nilde Rosa.

O flagrante chocou toda equipe que acompanhou o resgate de dona Maria. A situação desumana revoltou os policiais, pois a senhora mesmo financiando alimentação e moradia da filha, netos e bisnetos não podia fazer suas necessidades no banheiro da casa. A aposentada era obrigada a usar um pequeno vaso sanitário feito do lado de fora da casa. “Ela precisa de todo um acompanhamento, pois urina em si mesma, não tem fraldas. Enquanto os filhos ficam nos quartos mais confortáveis e afastados ela fica num quarto em condições precárias”, disse Nilde Rosa
           
                       
O quarto da aposentada era quente e tinha apenas um ventilador velho para amenizar o calor. A filha da idosa identificada por Deusa Dias Mendes não quis falar com a imprensa e negou as acusações de maus tratos, ela foi conduzida à delegacia para prestar esclarecimentos.

De acordo com os moradores da comunidade do Padre, dona Maria da Penha não era vista com freqüência na rua, mas sempre apresentava marcas pelo corpo. “A gente dificilmente via ela por causa dessas condições. Mas quando ela conseguia sair ou ficava do lado de fora, sempre tinha marcas nas pernas e nas costas”, disse um morador que não quis se identificar.

A aposentada foi socorrida por uma ambulância do SAMU e encaminhada ao hospital municipal de Castanhal para atendimentos adequados. A delegacia da mulher vai investigar o caso para saber quem era a responsabilidade de cuidar da idosa. “Vamos apurar e saber quem colocou esta senhora nessas condições desumanas, pois ela está praticamente jogada as traças”, concluiu a delegada Nilde Rosa.

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