terça-feira, 5 de março de 2013

Dez anos depois: Homem que confessou ter matado um fazendeiro é preso

Depois de dez anos, a Polícia Civil pôs as mãos no principal acusado de matar um fazendeiro no município de Santa Maria do Pará. O crime aconteceu em 2003, onde a vítima foi morta com tiros e golpes de foice, seu rosto ficou dilacerado e sua cabeça foi praticamente arrancada do corpo.

Depois de várias denúncias anônimas feitas as Polícias Civil e Militar do estado do Maranhão. Hipólito Viveiros, 57, foi preso. Ele estava foragido desde 2003 quando matou brutalmente o proprietário de uma fazenda de Santa Maria do Pará. O crime na época causou comoção e repercussão nacional, sendo veiculado nos principais programas policiais do Brasil. De acordo com a polícia, o proprietário da fazenda identificado por Francisco teria se desentendido com Hipólito Viveiros, que trabalhava como braçal. Após a discussão, o suspeito aplicou vários golpes de foice contra a vítima, em seguida sacou um revólver e efetuou mais quatro tiros.

Depois do crime a polícia do Pará fez várias investigações para tentar localizar Hipólito Viveiros, mas o acusado do crime fugiu e foi morar no estado vizinho, precisamente num assentamento localizado na zona rural da cidade de Pinheiros. Com o passar dos anos, sem a prisão do autor do homicídio, o crime acabou ficando apenas nas estatísticas da polícia e na lembrança dos moradores de Santa Maria. Hipólito Viveiros passou a ter uma nova vida no Maranhão, o suspeito falsificou o documento e ainda conseguiu se aposentar com o nome falso.

Preso e conduzido de volta ao Pará, Hipólito Viveiros disse que matou o dono da fazenda em legitima defesa. “Eu só matei por que ele tentou me matar primeiro. Depois que fiz um serviço na terra, ele não quis me pagar e foi pra cima de mim com ignorância e ainda deu dois tiros na minha direção. Não tive escolha a não ser me defender”, disse. Apesar da idade a frieza do acusado assustou os policiais. “Quando ele veio em minha direção nós travamos luta corporal. Depois peguei a foice e dei alguns golpes na cabeça, depois pra certificar atirei com a arma dele”, contou.

Com medo de ser preso ou linchado pela população, Hipólito Viveiros fugiu por sete dias pelo mato. Em seguida pegou carona na BR-316 e foi parar no Maranhão. “É impressionante a versão dele. Mesmo não sendo essa a verdadeira história, a gente fica imaginando como foi cometido o crime na época. Com certeza foi com requintes de crueldade e perversidade”, disse o delegado Luiz Xavier.

Mesmo depois de dez anos do crime, a Polícia Civil por motivo de segurança vai transferir o acusado para o presídio de Americano, onde Hipólito Viveiros vai esperar o julgamento daquele que ficou conhecido como o “Crime da Foice”.

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