quarta-feira, 17 de junho de 2015

OPERAÇÃO COMBATE FRAUDE NO MUNICÍPIO DE CASTANHAL


A Prefeitura de Castanhal, no nordeste paraense, foi alvo de investigação nesta terça-feira (16), durante a operação “Querida Saúde” deflagrada pelo Ministério Público do Estado, por meio do procurador de Justiça Nelson Pereira Medrado e dos promotores de Justiça Harrison Henrique da Cunha Bezerra e Francys Lucy Galhardo do Vale. 
No local houve busca e apreensão de documentos, além da secretaria de saúde e empresa RCA Serviços e Construções Ltda, com a finalidade de apurar fraudes em licitações e irregularidades na contratação de serviços e de servidores, inclusive com pagamento de plantões médicos em desacordo com a lei.
A operação resultou das investigações iniciais realizadas pela Promotoria de Justiça de Improbidade de Castanhal, com apoio do Núcleo de Combate à Improbidade Administrativa e à Corrupção e do Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco). Oito policiais militares do Gabinete Militar do Ministério Público deram suporte ao cumprimento da operação.
“Os documentos apreendidos são de 2013 e 2014 e serão analisados pelo Tribunal de Contas dos Municípios. Há indícios de montagem de licitações, irregularidades nos contratos firmados e fraudes nos plantões”, assinalou Nelson Medrado.
“Há um caso de servidor que fazia vinte plantões no mês e possuía também dois outros empregos, ou seja, isso não é possível, devido a incompatibilidade de horários. Por isso entre os documentos apreendidos há folhas de frequência, lista de servidores, folhas de pagamento. Isso tudo vai ser analisado”, complementou Medrado.
O promotor de Justiça Harrison Bezerra disse que os integrantes da operação ficaram surpresos, “com a falta de cuidado da prefeitura no acondicionamento dos documentos públicos, pois foram encontrados jogados e amontoados em uma sala, o que levou a equipe a usar máscaras e luvas para manusear o material”.
Francys Galhardo, promotora de Castanhal, disse que as investigações iniciaram após problemas na prestação de serviços de saúde pela prefeitura, com a falta de atendimento á população. “As pessoas começaram a procurar a promotoria, o que nos levou a apurar os casos. Foi detectado que a ineficiência na prestação dos serviços de saúde era devido a falta de pagamento dos prestadores por parte da prefeitura local, que atrasava muito o repasse dos valores, levando a descontinuidade do serviço. Em seguida chegamos até as irregularidades nos plantões. Todo esse processo culminou na operação de hoje”, relatou Galhardo.
A operação foi acompanhada por oficiais de justiça que portavam os mandados de busca e apreensão expedidos pela justiça e pelo secretário municipal de administração.
(DOL com informações do MPPA)

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