sexta-feira, 9 de outubro de 2015

MOTOTAXISTA É ASSASSINADO A TIROS EM CASTANHAL

Os homicídios seguidos que vêm acontecendo com frequência na cidade de Castanhal, no nordeste paraense, estão deixando a população amedrontada e dando muito trabalho para a Polícia Civil, que tem o papel de investigar para elucidar os crimes e prender os autores. Nove pessoas foram assassinadas no mês passado, somente nos primeiros 7 dias de outubro, já foram 3 homicídios e uma tentativa de feminicídio. Os autores do crime estão foragidos.

A mais recente vítima foi o mototaxista Cláudio Santos Araújo, conhecido pelos amigos como “Zé Comeia”, de 34 anos de idade, morto com pelo menos cinco tiros, distribuídos nas costas, peito e cabeça. Uma mulher, identificada como Enira de Jesus Andrade, de 40 anos, que estava na companhia do mototaxista, foi atingida com quatro tiros. Ela foi socorrida e transportada para o Hospital de Urgência e Emergência Metropolitano de Ananindeua. O quadro clinico de saúde da paciente era considerado delicado.

Vítima
O homicídio e a tentativa de feminicídio ocorreram na madrugada de ontem, por volta de 1h30min, na terceira rua do bairro Jaderlândia. “Segundo informações do próprio filho da mulher baleada, o Cláudio e ela estavam conversando em frente da casa dela quando surgiram dois rapazes a pé e armados. Eles chegaram logo efetuando vários disparos de arma de fogo contra o casal”, contou Jorge Miranda, presidente do Sindicato dos Mototaxistas de Castanhal. “Vale a pena ressaltar que Cláudio era um homem trabalhador", disse o sindicalista. Os atiradores só levaram a motocicleta da vítima para fugirem e logo em seguida abandonaram o veículo.

De acordo com o delegado Paulo Benicio, Claudio Santos Araújo e Enira de Jesus Andrade tinham um relacionamento amoroso há pouco mais de dois anos. “Ela deixou do marido e passou a se relacionar com o mototaxista. Tudo será apurado pela Delegacia de Homicídios”, informou o delegado.

Cláudio Santos Araújo deixou três filhos pequenos. O corpo dele foi velado no Ginásio Poliesportivo do bairro Jaderlândia e sepultado no cemitério do bairro. “Nós vamos fazer uma mobilização na cidade e pedir que a Polícia Civil não deixe mais esse crime impune. Queremos justiça!”, pediu Jorge Miranda.

Reportagem: Tiago Silva

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