Os homicídios seguidos que vêm
acontecendo com frequência na cidade de Castanhal, no nordeste paraense, estão deixando
a população amedrontada e dando muito trabalho para a Polícia Civil, que tem o
papel de investigar para elucidar os crimes e prender os autores. Nove pessoas
foram assassinadas no mês passado, somente nos primeiros 7 dias de outubro, já foram 3 homicídios e uma tentativa de feminicídio. Os autores do crime estão foragidos.
A mais recente vítima foi o mototaxista
Cláudio Santos Araújo, conhecido pelos amigos como “Zé Comeia”, de 34 anos de
idade, morto com pelo menos cinco tiros, distribuídos nas costas, peito e
cabeça. Uma mulher, identificada como Enira de Jesus Andrade, de 40 anos, que
estava na companhia do mototaxista, foi atingida com quatro tiros. Ela foi
socorrida e transportada para o Hospital de Urgência e Emergência Metropolitano
de Ananindeua. O quadro clinico de saúde da paciente era considerado delicado.
Vítima |
O homicídio e a tentativa de
feminicídio ocorreram na madrugada de ontem, por volta de 1h30min, na terceira
rua do bairro Jaderlândia. “Segundo informações do próprio filho da mulher baleada, o Cláudio e ela
estavam conversando em frente da casa dela quando surgiram dois rapazes a pé e
armados. Eles chegaram logo efetuando vários disparos de arma de fogo contra o
casal”, contou Jorge Miranda, presidente do Sindicato dos Mototaxistas de
Castanhal. “Vale a pena ressaltar que Cláudio
era um homem trabalhador", disse o sindicalista. Os atiradores só levaram a
motocicleta da vítima para fugirem e logo em seguida abandonaram o veículo.
De acordo com o delegado Paulo Benicio,
Claudio Santos Araújo e Enira de Jesus Andrade tinham um relacionamento amoroso
há pouco mais de dois anos. “Ela deixou do marido e passou a se relacionar
com o mototaxista. Tudo será apurado pela
Delegacia de Homicídios”, informou o delegado.
Cláudio Santos Araújo deixou três
filhos pequenos. O corpo dele foi velado no Ginásio
Poliesportivo do bairro Jaderlândia e sepultado no cemitério do bairro. “Nós vamos fazer uma
mobilização na cidade e pedir que a Polícia Civil não deixe mais esse crime impune.
Queremos justiça!”, pediu Jorge Miranda.
Reportagem: Tiago Silva
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