segunda-feira, 11 de setembro de 2017

Em Castanhal, sargento da PM é assassinado com tiro no peito

Na cidade de Castanhal, região do nordeste paraense, um sargento da Polícia Militar foi assassinado com um tiro no peito. Aconteceu no final da noite de sexta-feira (08), por volta das 23h, em um bar localizado no conjunto Fonte Boa, periferia da cidade. É 2º policial militar morto em menos de 3 dias, em Castanhal. O boletim de ocorrência sobre o fato de sexta-feira (8) foi registrado na Delegacia de Polícia Civil do centro da cidade, no plantão do delegado Gabriel Oliveira

O sargento J. Carlos, da Polícia Militar, relatou que estava de sérvio na viatura 0507 e que realizava ronda ostensiva pelo conjunto Fonte Boa quando recebeu um chamado, via 190, informando que havia um policial militar baleado no bar da Suely, localizado no mesmo conjunto, mais precisamente na rua 11, esquina com a rua D. Logo o sargento J. Carlos imaginou que o baleado pudesse ser o sargento PM S. Silva, pois 5 minutos antes sua guarnição tinha passado pelo mesmo bar e falado com S. Silva, que apenas conversava com amigos, não ingerindo bebida alcoólica, já que iria estar de serviço no dia seguinte.

Rapidamente, a guarnição policial foi até o bar da Suely, onde encontraram o sargento S. Silva caído no chão, bastante ensanguentado. Em estado gravíssimo de saúde, o policial militar foi rapidamente socorrido e transportado até a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) 24 Horas de Castanhal, onde não resistiu ao ferimento a bala no peito. Da UPA, o corpo foi removido ao Instituto Médico Legal (IML) da mesma cidade, para passar por exame de necropsia e depois ser liberado aos familiares para velório e sepultamento. Após a morte do sargento, mais 3 pessoas teriam sido baleadas em bairros diferentes e encaminhadas à UPA e, antes da morte do policial, um homicídio foi registrado em outro bairro periférico da “Cidade Modelo”.

Antes de ser assassinado, S. Silva havia saído do bar para entregar o valor de 7 reais para uma pessoa que precisava de ajuda. Após tal ato de caridade, S. Silva retornou ao bar e se sentou em uma das cadeiras, momento em que uma dupla passou em uma motocicleta modelo Bros, cor vermelha, que não teve a placa anotada por testemunhas. A Bros era conduzida por um desconhecido, que usava camisa preta. Outro desconhecido, que estava na garupa da motocicleta, usava camisa vermelha. No bar havia cerca de 10 pessoas. As testemunhas disseram que o piloto fez o retorno e parou em frente ao bar, momento em que o que estava na garupa desceu na rua D, caminhou até chegar próximo ao sargento S. Silva e efetuou um único disparo de arma de fogo, que atingiu o peito do PM.

Depois disso, o atirador saiu correndo e, quase caindo, ainda conseguiu montar na garupa da Bros e fugir com seu comparsa. Não foi possível identifica-los, já que os mesmos estavam de capacete. Em um dos bolsos da bermuda do policial baleado tinha uma carteira porta-cédulas, que continha o valor de 940 reais. O crime tem características de execução. A hipótese de latrocínio, que é o roubo seguido de morte, estaria sendo descartada, já que nada teria sido roubado da vítima. O assassino e seu comparsa fugiram em direção ao conjunto dos Ipês. Incursões foram realizadas durante toda a noite e pela madrugada, mas, até o término dessa reportagem, nenhum suspeito de envolvimento no assassinato havia sido preso ou ao menos identificado.


Sargento S. Silva era conhecido na corporação como um bom profissional, inclusive ganhou medalhas e homenagens por ter efetuado várias prisões importantes na cidade de Castanhal. Ele residia no conjunto Fonte Boa, mesma área em que foi morto, onde desenvolvia trabalhos sociais com pessoas carentes. Nos dias das crianças e Natal S. Silva fazia entrega de brinquedos. Ele era querido pelos moradores de bem e odiado pela bandidagem, por exercer seu papel de policial militar no combate contra a criminalidade.

Por Tiago Silva (Diário do Pará) 

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