Na madrugada de sexta-feira (19),
no município de Castanhal, na região nordeste do Estado, o travesti,
identificado pelo prenome social de Brenda, de idade não divulgada, foi
encontrado morto às 4h30, com vários golpes de faca pelo corpo, numa passarela,
na rodovia BR-316, no centro da cidade.
Informações repassadas por
uma testemunha, a policiais civis, e que ainda estão em fase de apuração e
investigação, indicam que Brenda trabalhava como garota de programa na noite.
Um amigo dele, que também é travesti, e prestou depoimento na qualidade de
testemunha, relatou à polícia que viu quando 2 homens se aproximaram de
“Brenda” e acertaram com ela um programa.
Os 3 subiram em uma passarela e poucos minutos depois a
testemunha só ouviu os gritos da vítima. Os criminosos fugiram do local pela
rua da Cosanpa. Segundo o gerente de Proteção pela Livre Orientação da
Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh), Beto Paes, o caso
também será acompanhado pela delegacia de crimes discriminatórios. “É o órgão
que tem atuado fortemente nestes casos”, frisou ao enumerar que este ano os
registros de violência contra homossexuais já somam 37 ocorrências.
Beto Paes destaca que a principal dificuldade enfrentada
por ele e por representantes do Movimento LGBT (lésbicas, gays, bissexuais,
travestis, transexuais, transgêneros) é a falta de sensibilização por parte da
sociedade. “A gente depara com a falta de sensibilidade, humanidade das pessoas
entenderem o LGBT como uma pessoa normal”, lamentou. Para ele, o mais triste
sobre os casos de assassinatos a homossexuais é que todos são feitos de forma
muito violenta.
Reportagem: Tiago Silva e Denilson
D’Almeida (Diário do Pará)
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