O fim de semana foi sangrento na cidade de Castanhal, nordeste paraense, onde 5 homicídios foram registrados. Nosso balanço começa pela noite de sexta-feira (12) quando um adolescente de 15 anos, que vigiava veículos no entorno da Praça do Estrela, ao terminar o trabalho e se dirigir para dormir sob a marquise de um prédio na Feira da Ceasa, no centro de Castanhal, foi assassinado com pelo menos 3 tiros. O adolescente que tinha saído de casa há oito meses, segundo o tio dele, que registrou a ocorrência, foi alvejado por dois homens que estavam em uma motocicleta de placa, cor e modelo não anotados. Fugiram sem deixar pistas. O tio disse que o menor era viciado em drogas e que ele praticava pequenos delitos, como furto.
O segundo caso foi registrado pelo investigador Carlos Frederico, da Polícia Civil, que foi acionado na tarde de sábado (13) depois que populares encontraram em um matagal na estrada da Piçarreira, atrás do Conjunto Vale Castanhal, um corpo em decomposição, de cor parda, medindo cerca de 1,70m, adulto entre 25 e 35 anos. No cadáver, peritos encontraram várias perfurações provocadas por facadas, principalmente na região das costas. O policial informou que o local onde o corpo foi encontrado é ermo, sem residências, havendo somente uma horta há cerca de 50 metros do local onde o corpo foi encontrado, não havendo qualquer casa ou similar na propriedade onde está a horta ou mesmo próximo do fato. A vítima ainda continua como indigente no necrotério do Instituto Médico Legal (IML) de Castanhal.
O terceiro homicídio em Castanhal foi registrado na noite de sábado (13), por volta das 20h30min, quando a Polícia Civil foi informada sobre um homicídio por arma de fogo ocorrido na travessa da Campina, final do bairro Jaderlândia, bem próximo ao cemitério. A vítima foi identificada como Anderson Costa de Moura, de 23 anos. Ele foi alvejado com vários tiros e segundo informações da perícia criminal a vítima supostamente estaria de motocicleta, visto que próximo ao corpo havia um capacete sujo de sangue, o que pode caracterizar o crime de latrocínio (roubo seguido de morte).
O quarto caso aconteceu no início da madrugada de domingo (14) quando a Polícia Militar foi informada sobre um corpo do sexo masculino, pardo, magro, entre 20 e 30 anos, logo abaixo da escadaria da passarela utilizada para atravessar pedestres na rodovia BR-316, esquina com a rua Magalhães Barata, no centro da cidade “Modelo”. O investigador Carlos Frederico, da Polícia Civil, com sua equipe de trabalho se deslocou até o local indicado e lá encontrou diversas pessoas ao redor do corpo da vítima que trajava calça jeans de cor marrom, camisa verde e apresentava uma lesão (tiro) no lado esquerdo, altura da costela. Testemunhas disseram que a vítima foi alvejada por dois homens, que teriam fugido em uma motocicleta.
E o quinto homicídio aconteceu na noite de domingo (14), por volta das 21h. A princípio a polícia trabalha com a hipótese de latrocínio (roubo seguido de morte). Aconteceu bem em frente a uma emissora de TV, situada na rua Comandante Assis, entre as ruas Cônego Leitão e Quintino Bocaiuva, no bairro Estrela, bem próximo ao centro comercial de Castanhal. A vítima foi identificada como Fábio de Aquino, de 27 anos. Fábio teve sua vida ceifada após ser atingido por um tiro no pescoço. De acordo com as primeiras informações, o jovem estava com amigos em um carro. Eles teriam descido do veículo e seguido rumo a um “barzinho”, onde pretendiam se divertir em um pagode. Mas no meio do caminho Fábio foi abordado por um casal de assaltantes, que estava em uma motocicleta. A mulher teria pedido o telefone celular do rapaz, que não reagiu e mesmo assim foi covardemente assassinado com um tiro no pescoço, disparado pela assaltante, que já foi identificada pela polícia. Ela está foragida. As câmeras de segurança da emissora de TV devem ter registrado o crime e as imagens podem ser solicitadas pela polícia, para ajudar nas investigações. Ainda de acordo com as primeiras informações, Fábio de Aquino era universitário e estudava bacharelado em sistema de informação. Até o momento ninguém foi preso.
Reportagem: Tiago Silva e J.R Avelar (Diário do Pará)
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