O juiz Jonas da Conceição
Silva, da Comarca de Tomé-Açu, ouviu ontem os acusados pela morte do advogado
Jorge Guilherme de Araújo Pimentel, e o empresário Luciano Capacio, encerrando
assim a primeira fase de instrução do processo. Dependendo dos elementos
apresentados, os réus poderão ser levados a júri popular ainda este ano.
Ao todo, 6 pessoas foram
denunciadas. Entre elas está Carlos Vinícius de Melo Vieira, que na época era
prefeito de Tomé-Açu. A audiência foi acompanhada pelo advogado André
Tocantins, conselheiro seccional e presidente da Comissão de Direitos de
Defesas das Prerrogativas dos Advogados, da OAB-PA, que entende existir
elementos suficientes para que os acusados sejam levados a júri até o final deste
ano. A audiência teve ainda a presença do advogado Rodrigo Godinho, que faz a
defesa do empresário Luciano Capacio.
Para o advogado, os réus
poderão ser sentenciados pelas provas e depoimentos juntados aos autos, mesmo
entendendo que durante as instruções algumas testemunhas deixaram dúvidas em
seus depoimentos. Já a promotora Brenda Melissa Fernandes, da primeira Vara da
Promotoria de Justiça, diz não haver dúvida alguma quanto ao envolvimento dos
acusados. Mas ressalta, que mesmo que ocorra o pronunciamento, os réus ainda
poderão entrar com apelação quanto a decisão.
A defesa de Carlos Vinícius,
o advogado Cleber Lopes, garante que seu cliente será impronunciado, por não
haver elementos mínimos para o pronunciamento que possa levar os réus ao banco
de júri. Consta na denúncia apresentada pelo Ministério Público que os réus
Carlos Vinícius de Melo Vieira e Carlos Antônio Vieira, por interesse político
partidário no município de Tomé-Açu, do qual Carlos Vinícius era prefeito,
encomendaram a Raimundo Barros de Araújo a morte do advogado Jorge Guilherme
Luciano Capacio, empresário do ramo madeireiro e outras atividades, que por sua
vez contratou os pistoleiros para executarem o serviço.
Reportagem: Diário Online (Dol)
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