No intervalo de 12 horas,
dois homicídios foram registrados na cidade de Castanhal, região do nordeste
paraense. O primeiro aconteceu na noite de quarta-feira (1), por volta das 22h,
no bairro Santa Lídia, área de periferia, onde um jovem de 22 anos foi
assassinado a tiros.
Moradores da área ligaram para o 190
informando que haviam escutado pelo menos 5 tiros e que os disparos teriam sido
dentro de uma residência, localizada na rua Mateus Noronha, às proximidades de
um campo de futebol. Policiais militares foram até o endereço informado e
encontraram a porta da casa aberta. Ao entrarem, na cozinha da residência,
viram um corpo ensanguentado, jogado no chão. No local, a vítima foi
identificada como Willian Fabiano Oliveira Lima, de 22 anos. Willian foi
executado dentro da casa da mãe dele, que não estava no local no momento do
crime.
Logo o Instituo Médico Legal (IML) foi
acionado para realizar o trabalho de remoção e levantamento de local de crime.
Durante a remoção, no corpo, peritos detectaram 3 perfurações provocadas por
tiros de pistola Ponto 40, sendo 1 na axila esquerda e 2 na cabeça da vítima.
“Willian Fabiano possuía passagem por roubo majorado e estava em liberdade
condicional. Além disso, os próprios familiares me disseram que ele tinha
envolvimento com drogas”, informou o delegado Marcus Cruz, da Polícia Civil.
O crime tem características de
execução. Acredita-se que o assassino seria conhecido da vítima, já que na casa
não tinha nenhum sinal de arrombamento: a porta da frente estava aberta e o
cadeado pendurado na grade. A polícia não soube informar se algum objeto de
valor ou dinheiro foi subtraído da residência.
FACADAS
Já na manhã de ontem, por volta das
10h, o sargento Moreira, mais os cabos Noronha e Barroso, que estavam de
serviço na viatura 0518, ficaram sabendo que populares haviam encontrado um
corpo do sexo masculino, jogado em uma área de matagal, que fica em um terreno
murado, por trás de um PM-Box desativado, no bairro Salgadinho, mais precisamente
em frente à escola estadual Laureno Alves de Melo.
“Fomos até o local e constatamos que a
informação era verdadeira: encontramos o corpo e, ao lado 2 facas.
Possivelmente a vítima foi morta a facadas”, acredita o sargento Moreira, da
Polícia Militar. Logo a notícia se espalhou e vários curiosos também foram até
o local. Um dos curiosos reconheceu o corpo como sendo de Francisco de Assis
Moraes Silva, de 34 anos, morador do conjunto Jardim das Acácias, periferia da
cidade. Francisco de Assis era vendedor ambulante: vendia capas de poltronas de
carros.
A família foi avisada. A mãe e duas
irmãs da vítima ficaram desesperadas quando viram que Francisco estava morto.
“Mataram meu irmão! Por que, meu Deus, por que fizeram isso com ele?”,
gritava
uma das irmãs. A outra gritava, mas dizendo que sabia quem teria sido o autor
do crime. “Ele (possível assassino) foi às 5 horas da madrugada buscar meu
irmão em casa, só para matá-lo, mas isso não vai ficar assim. Ele vai pagar pelo
que fez com Francisco”, acusava. A mãe ficou chorando enquanto acompanhava a
remoção do corpo de seu filho.
No mesmo terreno existe um campo de
futebol e, segundo os moradores da rua Anastácio de Melo, pessoas utilizam o
local para usar drogas, principalmente no período da noite. Os dois casos seguem
sendo investigados pela Polícia Civil, por meio da Divisão de Homicídios (DH)
de Castanhal.
Reportagem: Tiago Silva
Depois o casal foi identificado como Evandro Nunes de Carvalho Júnior e Andreia
Pinto da Silva, que transportavam um isopor. Dentro do isopor foram apreendidos 9 pacotes de pasta base de cocaína. Evandro e Andreia disseram
que tudo pertenceria a outras pessoas. Na delegacia de Curuçá, o delegado Fábio
Coutinho autuou os acusados pelo crime de tráfico de droga.
