Castanhal, cidade do nordeste paraense,
viveu mais um final de semana sangrento. No total, 3 pessoas foram mortas a
tiros e um corpo em estado avançado de decomposição foi encontrado em uma área
de matagal. O primeiro crime aconteceu no final da noite de sexta-feira (28),
por volta das 23h30min, dentro de uma casa situada no km 07, às margens da rodovia
PA-136. A vítima foi identificada como Gabriel Carvalho da Silva, de 19 anos.
A irmã da vítima disse à polícia que
Gabriel estava deitado na cama dormindo quando parou um carro preto tipo Estrada
e que do veículo desceram 2 homens, sendo que um entrou pela porta dos fundos e
outro pela porta da frente. Ainda segundo ela, já dentro da casa, a dupla de
desconhecidos efetuou pelo menos 7 disparos de arma de fogo contra Gabriel, que
foi atingido na cabeça, abdômen, braço esquerdo e coxa esquerda. O baleado
morreu no local. Em seguida, os atiradores entraram no carro e fugiram tomando
rumo incerto.
Gabriel Carvalho da Silva havia sido
preso por tráfico de drogas, no município de Santo António do Tauá.
Recentemente ele havia saído da cadeia e assinava sua condicional no Fórum.
EXECUTADO COM TIRO NA NUCA
No domingo (30), por volta das 11h40min,
ocorreu um homicídio na rua Paes de Carvalho, bem em frente o mercado de
peixes, área da feira da Ceasa, onde Marcos Aurélio Saraiva Monteiro, de 39
anos, foi alvejado na nuca por um disparo de arma de fogo. Ele morreu na hora.
Marcos Aurélio caminhava em via pública
quando foi assassinado. Segundo informações colhidas no local do crime, o assassino,
identificado apenas por "Lorinho", se aproximou e atirou à queima-roupa,
bem na nuca da vítima, que não teve chances de defesa. Testemunhas, que não
quiseram se identificar, afirmaram que o criminoso fugiu sozinho em uma
motocicleta sem placa.
MORTO COM TIRO NO PEITO POR NÃO ENTREGAR
CELULAR
Também ontem, por volta do meio-dia, um ladrão
ainda não identificado tentou roubar um telefone celular de um cidadão, que
caminhava pela avenida Maximino Porpino, ao lado do Banpará, porém, ao ser
abordada, a vítima se negou a entregar o aparelho que segurava e acabou
alvejado por um tiro de revólver no peito.
Ferido, Francisco Cirilo Dias, de 57
anos, correu e caiu na calçada. Homens do Corpo de Bombeiros tentaram
socorrê-lo, mas Francisco não resistiu e morreu poucos minutos depois ainda na
calçada. A vítima residia na avenida Independência, em Ananindeua, e estaria em
Castanhal em busca de emprego. Tudo foi presenciado por pedreiros e seus
ajudantes, que trabalhavam às proximidades do Banpará.
A câmera de segurança de uma das lojas
registrou o crime. Nas imagens dá de ver a vítima caminhando e ao mesmo tempo
mexendo no celular. O ladrão, em uma motocicleta, percebe e aborda o pedestre.
Ainda com a moto ligada e com uma arma de fogo em punho, o ladrão pede o
celular da vítima, que não entrega. Em ato contínuo, o bandido atira bem no
peito do cidadão. As imagens mostram ainda que o bandido foge sentido ao bairro
Pirapora.
CORPO ACHADO EM MATAGAL
Já no conjunto Bibiana, no meio da manhã
de ontem, moradores encontraram um corpo do sexo masculino dentro de uma área
de matagal. Estava em estado avançado de decomposição e com odor forte. O corpo
estava com uma corda amarrada no pescoço e dentro de uma rede de pano.
Suspeita-se que a vítima foi morta em outro local e depois jogada no mato.
No Instituto Médico Legal (IML) de
Castanhal, familiares reconheceram o corpo como sendo de Railson Souza da
Silva, de 14 anos. Parentes disseram que o adolescente estava desaparecido
desde quinta-feira (27). “Ele era acostumado a sair de casa e passar dias
fora”, disse uma tia do menor, que não quis se identificar. “Ele (Railson) já
tinha sido apreendido com uma arma de fabricação artesanal, mas na época foi
entregue aos pais”, disse a tia. Railson morava com a mãe e o padrasto no
conjunto Bibiana, próximo onde seu corpo foi encontrado.
INVESTIGAÇÃO
Todos os casos foram registrados na
Delegacia de Polícia Civil do centro de Castanhal e serão investigados pela
equipe de policiais civis da Divisão de Homicídios (DH) do Apeú, Distrito castanhalense.
Até o fechamento dessa edição, nenhum suspeito de envolvimento nesses crimes
havia sido preso.
Reportagem e fotos: Tiago Silva
(Correspondente do Diário do Pará)
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