segunda-feira, 8 de maio de 2017

Após 14 anos, acusado de matar cunhado a facadas é preso

Policiais civis da Divisão de Homicídios (DH) da cidade de Castanhal, região do nordeste paraense, prenderam, em Belém, na tarde de sexta-feira (5), Marcelino Ribeiro de Souza, mais conhecido como “Jabuti”, de 37 anos, acusado de ter cometido um homicídio no município de Terra Alta, nordeste do Estado, em julho de 2003. Na época, a vítima tinha 22 anos e o acusado 23.

O crime foi por motivo fútil. Henoque de Souza Alves apanhou um cacho de pupunha na casa de sua sogra. Sua cunhada reclamou e teria desferido um tapa para atingir o rosto de Henoque que, com um terçado, acabou cortando a mão de sua cunhada. Na época, Henoque foi intimado a comparecer na Delegacia de Polícia Civil, mas não ficou preso. Depois disso, passou a ser ameaçado de morte pelos seus cunhados Marcelino, o “Jabuti”, e outro conhecido por “Bitola”. Passaram-se algumas semanas e Enoque de Souza Alves resolveu se divertir em uma praça, que acabara de ser inaugurada no bairro Centro de Terra Alta. Na mesma Praça Henoque foi morto com pelo menos 16 facadas, inclusive algumas no pescoço.

Testemunhas e familiares da vítima acusaram os irmãos “Jabuti” e “Bitola” de terem assassinado o próprio cunhado. Poucos dias depois, “Bitola” foi apreendido, mas logo foi liberado, já que na época era menor de idade. O principal acusado, Marcelino Ribeiro de Souza fugiu de Terra Alta e só foi preso 14 anos depois. Contra ele existia em aberto um mandado de prisão preventiva, que foi cumprido na tarde de sexta-feira (5), em Belém. Marcelino foi descoberto depois que ele criou uma conta no Facebook dizendo que trabalhava como agente de portaria na Prefeitura Municipal de Benevides. A partir de então, investigadores da Divisão de Homicídios de Castanhal passaram a monitorá-lo e conseguiram prendê-lo em uma estância de material de construção, em Belém, onde atualmente trabalhava.

Marcelino foi conduzido para ser ouvido na Divisão de Homicídios de Castanhal. Em seguida foi transferido para o Centro de Recuperação da mesma cidade, onde permanece custodiado e à disposição do poder judiciário. Para a família da vítima, a prisão do acusado não trará a vida de seu ente querido de volta, mas fica a sensação de que a justiça está sendo feita. Na época em que foi morto, Henoque de Souza Alves tinha um casal de filhos pequenos, que hoje em dia são adultos.


Por Tiago Silva (Repórter Diário do Pará) 

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