Policiais civis da Divisão de Homicídios
(DH) da cidade de Castanhal, região do nordeste paraense, prenderam, em Belém,
na tarde de sexta-feira (5), Marcelino Ribeiro de Souza, mais conhecido como “Jabuti”,
de 37 anos, acusado de ter cometido um homicídio no município de Terra Alta,
nordeste do Estado, em julho de 2003. Na época, a vítima tinha 22 anos e o
acusado 23.
O crime foi por motivo fútil. Henoque de
Souza Alves apanhou um cacho de pupunha na casa de sua sogra. Sua cunhada
reclamou e teria desferido um tapa para atingir o rosto de Henoque que, com um
terçado, acabou cortando a mão de sua cunhada. Na época, Henoque foi intimado a
comparecer na Delegacia de Polícia Civil, mas não ficou preso. Depois disso,
passou a ser ameaçado de morte pelos seus cunhados Marcelino, o “Jabuti”, e
outro conhecido por “Bitola”. Passaram-se algumas semanas e Enoque de Souza
Alves resolveu se divertir em uma praça, que acabara de ser inaugurada no
bairro Centro de Terra Alta. Na mesma Praça Henoque foi morto com pelo menos 16
facadas, inclusive algumas no pescoço.
Testemunhas e familiares da vítima
acusaram os irmãos “Jabuti” e “Bitola” de terem assassinado o próprio cunhado.
Poucos dias depois, “Bitola” foi apreendido, mas logo foi liberado, já que na
época era menor de idade. O principal acusado, Marcelino Ribeiro de Souza fugiu
de Terra Alta e só foi preso 14 anos depois. Contra ele existia em aberto um
mandado de prisão preventiva, que foi cumprido na tarde de sexta-feira (5), em
Belém. Marcelino foi descoberto depois que ele criou uma conta no Facebook
dizendo que trabalhava como agente de portaria na Prefeitura Municipal de
Benevides. A partir de então, investigadores da Divisão de Homicídios de
Castanhal passaram a monitorá-lo e conseguiram prendê-lo em uma estância de
material de construção, em Belém, onde atualmente trabalhava.
Marcelino foi conduzido para ser ouvido
na Divisão de Homicídios de Castanhal. Em seguida foi transferido para o Centro
de Recuperação da mesma cidade, onde permanece custodiado e à disposição do poder
judiciário. Para a família da vítima, a prisão do acusado não trará a vida de
seu ente querido de volta, mas fica a sensação de que a justiça está sendo
feita. Na época em que foi morto, Henoque de Souza Alves tinha um casal de
filhos pequenos, que hoje em dia são adultos.
Por Tiago Silva (Repórter Diário do
Pará)
Nenhum comentário:
Postar um comentário