quarta-feira, 25 de junho de 2014

Justiça decreta prisão preventiva de homem que matou a ex-namorada

A justiça decretou o mandado de prisão preventiva contra Marcelo Moreira da Silva, que matou sua ex-namorada com um tiro na nuca. Na manhã de ontem, o acusado se apresentou na delegacia e, após todos os procedimentos necessários, foi direto para o presídio para ficar à disposição do poder judiciário.
        
Acusado
O crime aconteceu na cidade de Castanhal, nordeste do Pará, por volta das 21h do dia 07 desse mês. Era sábado. Marcelo Moreira da Silva, 21, teria visto sua ex-namorada Bruna Letícia, 22 anos, de mãos dadas com outro rapaz em uma praça pública. A cena provocou a ira de Marcelo que, posteriormente compareceu à casa de Bruna, no bairro Estrela, e a matou com um único tiro certeiro e fatal na nuca. Após o ato de covardia, o assassino fugiu do local em uma bicicleta.
        
Quatro dias após o fato, acompanhado de um advogado, o atirador se apresentou por livre e espontânea vontade na delegacia, mas, como havia fugido do flagrante e não existia nenhum mandado de prisão preventiva, Marcelo Moreira deixou a delegacia pela porta da frente sabendo que a qualquer momento a justiça poderia decretar sua prisão.
        
Após ouvir testemunhas e o próprio acusado, o delegado Roberto Gaspar solicitou à justiça o mandado de prisão preventiva, que foi expedido no dia 16 de junho pela juíza de direito Cristina Sandoval Collyer, da 3ª Vara Penal de Castanhal. Ontem, por volta das 10h, na companhia do advogado Jairo Pereira da Silva, o jovem se apresentou novamente na delegacia do centro da cidade e, desta vez, com a existência de um mandado de prisão, Marcelo Moreira da Silva foi ouvido pelo delegado Fábio Veloso de Castro e, após passar por exames no Instituto Médico Legal (IML), o réu confesso foi conduzido em uma viatura da Polícia Civil para o Centro de Recuperação de Castanhal (CRCAST), onde ficará custodiado até o dia de seu julgamento. Se condenado, o acusado pode pegar de 12 a 30 anos de reclusão pelo crime de homicídio qualificado sem dar chances de defesa à vítima.
        
Vítima
O preso disse ao delegado que estava muito arrependido e que foi à casa da vítima sem a intenção de matar. Ele alegou que estava brincando com a arma, apertou o gatilho por duas vezes em direção às pernas dela e que nesse momento o revólver teria falhado e só disparou quando o mesmo levantou o braço direito. A bala atingiu a nuca de Bruna, que morreu na hora. A arma do crime não foi encontrada pela polícia. "Ele disse que perdeu a arma quando, em fuga, a jogou em um córrego", disse Fábio Veloso.

FAMÍLIA NÃO ACEITAVA O NAMORO 
        
Bruna era uma menina estudiosa, conheceu Marcelo em 2011. A família não aceitava o namoro porque o jovem teria envolvimento com o mundo do crime. Mesmo assim, a garota decidiu manter o relacionamento amoroso e mais tarde engravidou de uma linda menina, que hoje tem três anos de idade. O relacionamento foi se desgastando e Bruna decidiu terminar com Marcelo. Ele não teria aceitado e teria feito ameaças dizendo que iria matá-la se a pegasse com outro homem. Infelizmente a tragédia ocorreu na presença da filha do casal e agora o homicida deverá pagar pelo ato impensável.

Texto e fotos: Tiago Silva 

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