CLEUSON |
Na manhã de terça-feira (13), policiais
civis da Divisão de Homicídios (DH) de Castanhal, nordeste paraense, deram
cumprimento aos mandados de prisão preventiva contra Cleuson Dos Santos Miguel,
25, e Manoel Breno de Oliveira da Silva, de 19 anos, acusados de envolvimento
em um homicídio em que foi vítima um filho de um microempresário do ramo de
venda de gás da cidade.
O crime aconteceu em 25 de janeiro deste
ano. Era noite de uma quarta-feira, por volta das 22h, quando Ruan Junior do
Nascimento, de 21 anos, foi morto a tiros. O rapaz foi assassinado bem na
calçada do depósito de gás de seu pai, situado na rua Adailson Rodrigues, no
bairro Jaderlândia, periferia de Castanhal. Após efetuar os disparos, o
atirador fugiu do local em uma motocicleta acompanhado de outro homem que o
aguardava com o motor ligado na esquina. A princípio, a polícia suspeitou de um
latrocínio, já que pertences pessoais da vítima e de sua namorada haviam sido
subtraídos.
MANOEL |
Mas, no decorrer das investigações, a
polícia descobriu a verdadeira motivação do crime. “Na época, a vítima namorava
a ex-companheira de Cleuson que, por não aceitar o fim do relacionamento,
mandou matar Ruan”, explicou o delegado Nélio Magalhães, titular da Divisão de
Homicídios de Castanhal. Ainda de acordo com o policial civil, “como forma de
pagamento, Cleuson prometeu dar a arma utilizada no crime, um revólver calibre
38, para Manoel matar Ruan. Ainda no acordo, Manoel simularia um assalto
ficando com os objetos subtraídos durante a ação criminosa”.
Acontece que depois de tudo, Cleuson
enganou Manoel não o dando a arma de fogo. “Ele (Cleuson) me pediu o revólver
dizendo que depois iria me dar e acabou não me dando”, afirmou Manoel. Sobre o
paradeiro da arma, Cleuson disse que teria emprestado para um assaltante que,
segundo ele, perdeu o revólver durante uma abordagem policial, no mês de abril
deste ano.
PRISÃO
Manoel Breno de Oliveira da Silva foi
preso na casa dele, situada no bairro Nova Olinda. Cleuson Dos Santos Miguel
foi preso em seu local de trabalho, dentro de uma conhecida fábrica de pipocas,
localizada na rodovia BR-316, próximo ao bairro Jaderlândia, onde era
funcionário há 8 anos.
Após serem ouvidos na sede da Divisão de
Homicídios, Cleuson dos Santos e Manoel Breno passaram por exame de lesão
corporal no Instituto Médico Legal (IML) e, ainda ontem, ficaram de ser
encaminhados para o Centro de Recuperação de Castanhal, onde permanecerão
custodiados à disposição do poder judiciário até o dia de seus julgamentos.
Os presos não quiseram falar com o
DIÁRIO. De maio até ontem, pelo menos 10 pessoas acusadas de práticas de
homicídios foram presas por policiais civis de Castanhal, sob o comando do
delegado Nélio Magalhães.
Por Tiago Silva (Diário do Pará)
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