Feirantes, comerciantes e clientes estão
amedrontados com a onda de violência no complexo da feira da Ceasa da cidade de
Castanhal, região do nordeste paraense. Frequentes homicídios e até latrocínios,
que é o roubo seguido de morte, vem ocorrendo com frequência naquela área,
localizada em pleno centro da cidade.
O tráfico de drogas é comum em qualquer
hora, mas a venda de entorpecentes aumenta no período noturno e durante a
madrugada. O local já é chamado por alguns de “cracolândia”. Furtos e roubos, além de brigas em bares, que
funcionam até às altas horas da madrugada, também são frequentes na Ceasa, o
que acaba prejudicando a vida de pessoas trabalhadoras que tentam vender seus
produtos honestamente. Mesmo com várias prisões de traficantes e de ladrões
realizadas pelas forças de segurança pública, como Guarda Civil, Polícia
Militar e Polícia Civil, o índice de criminalidade não cessa. “Não adianta a
polícia prender, que depois a justiça solta e o individuo retorna para praticar
mais crimes. Daqui uns dias esses traficantes vão querer cobrar pedágio”,
comentou um dos feirantes, que preferiu não se identificar.
O crime violento mais recente cometido
na Ceasa de Castanhal aconteceu na madrugada de ontem (28), por volta das 5h45,
na rua Paes de Carvalho, quase em frente ao Mercado Municipal, onde um homem
morreu após ser alvejado por um disparo de arma de fogo na altura da linha
axilar esquerda média. A vítima, aparentando ter entre 25 a 35 anos, ouvia
melody em seu radinho de pilha quando foi assassinado. O atirador não foi
identificado por testemunhas. No local, a “lei do silencio” prevaleceu: ninguém
quis comentar sobre como teria acontecido e nem quem teria praticado o
homicídio.
O corpo foi removido por peritos para o
Instituto Médico Legal (IML). A vítima não possuía qualquer tipo de
documentação e, até o fechamento dessa edição, havia sido identificada apenas
como “Cearazinho”. Motivação e autoria do crime ainda são desconhecidas. A
vítima seria usuária de drogas e trabalhava realizando pequenos favores aos
comerciantes locais, inclusive ajudava um homem que comercializa camarão
naquela área. O caso foi registrado no plantão da delegada Ariane Magno Gomes,
da Polícia Civil, mas será repassado para a Divisão de Homicídios (DH) do Apeú,
Distrito castanhalense, por onde será investigado pela equipe do delegado Nélio
Magalhães.
Por Tiago Silva (Diário do Pará)
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