sexta-feira, 4 de novembro de 2016

PADRASTO CRIMINOSO AMEAÇA COM FACA E FAZ ENTEADA REFÉM

Um padrasto ameaçou de morte a própria enteada, de 14 anos, colocando uma faca no pescoço dela. Aconteceu ontem pela manhã, depois que policiais civis foram até a 4ª travessa do bairro Santa Catarina, periferia de Castanhal, para averiguar uma denúncia anônima de que em uma casa, de número 158-A, estaria acontecendo a comercialização de entorpecentes.

Quando percebeu a presença dos policiais civis, Samuel Ferreira de Melo foi até a cozinha e pegou uma faca. Em seguida, pegou a enteada pelos braços e a agarrou colocando a faca no pescoço da adolescente. Erick Monteiro da Cruz, amigo de Samuel, também segurou a garota ameaçando-a de morte, caso os policiais invadissem a residência. Ainda estava no imóvel: uma amiga da vítima, também adolescente, que conseguiu sair do local. A mãe da refém estava na feira; chegou depois. Em determinado momento, Samuel e Erick levaram a menor para dentro do banheiro e, com a porta aberta, mostrando apenas seus rostos, fizeram algumas exigências, como: a presença da imprensa e um colete balístico para cada. Todos os pedidos foram aceitos.

No local, além de 8 investigadores e 4 guarnições da Polícia Militar, estiveram presentes 3 delegados: Rayrton Carneiro, da 12ª Seccional; Nélio Magalhães, da Divisão de Homicídios; e Temmer Khayat, superintendente regional da Polícia Civil. Muitos curiosos tentaram se aproximar, mas foram impedidos. Após pouco mais de uma hora de negociação, por volta do meio-dia, a dupla resolveu se entregar e liberar a refém.

Os presos foram colocados dentro de uma viatura da Polícia Militar e conduzidos à 12ª Seccional Urbana, no bairro Jaderlândia, onde foi descoberto que Samuel Ferreira de Melo estava na condição de foragido do sistema penitenciário do município de Salinópolis, onde cumpria pena por tráfico de drogas. Foi descoberto ainda que o Erick, na verdade se chama Edilson Maia da Cruz Junior, também foragido do presídio de Salinópolis, onde respondia por crime de assalto.


Enquanto ao Samuel, ele ainda é suspeito de, no mês de setembro deste ano, ter trocado tiros com um soldado da PM, no mesmo bairro. Na troca de tiros, em que ninguém foi ferido, Samuel estava com um comparsa. Não se sabe se era Edilson. Ele e Samuel foram autuados por crimes de cárcere privado, grave ameaça de morte e resistência à prisão.

Reportagem: Tiago Silva

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