Um padrasto ameaçou de morte
a própria enteada, de 14 anos, colocando uma faca no pescoço dela. Aconteceu
ontem pela manhã, depois que policiais civis foram até a 4ª travessa do bairro
Santa Catarina, periferia de Castanhal, para averiguar uma denúncia anônima de
que em uma casa, de número 158-A, estaria acontecendo a comercialização de
entorpecentes.
Quando percebeu a presença
dos policiais civis, Samuel Ferreira de Melo foi até a cozinha e pegou uma
faca. Em seguida, pegou a enteada pelos braços e a agarrou colocando a faca no
pescoço da adolescente. Erick Monteiro da Cruz, amigo de Samuel, também segurou
a garota ameaçando-a de morte, caso os policiais invadissem a residência. Ainda
estava no imóvel: uma amiga da vítima, também adolescente, que conseguiu sair
do local. A mãe da refém estava na feira; chegou depois. Em determinado
momento, Samuel e Erick levaram a menor para dentro do banheiro e, com a porta
aberta, mostrando apenas seus rostos, fizeram algumas exigências, como: a
presença da imprensa e um colete balístico para cada. Todos os pedidos foram
aceitos.
No local, além de 8
investigadores e 4 guarnições da Polícia Militar, estiveram presentes 3
delegados: Rayrton Carneiro, da 12ª Seccional; Nélio Magalhães, da Divisão de
Homicídios; e Temmer Khayat, superintendente regional da Polícia Civil. Muitos
curiosos tentaram se aproximar, mas foram impedidos. Após pouco mais de uma
hora de negociação, por volta do meio-dia, a dupla resolveu se entregar e
liberar a refém.
Os presos foram colocados
dentro de uma viatura da Polícia Militar e conduzidos à 12ª Seccional Urbana,
no bairro Jaderlândia, onde foi descoberto que Samuel Ferreira de Melo estava
na condição de foragido do sistema penitenciário do município de Salinópolis,
onde cumpria pena por tráfico de drogas. Foi descoberto ainda que o Erick, na
verdade se chama Edilson Maia da Cruz Junior, também foragido do presídio de
Salinópolis, onde respondia por crime de assalto.
Enquanto ao Samuel, ele
ainda é suspeito de, no mês de setembro deste ano, ter trocado tiros com um
soldado da PM, no mesmo bairro. Na troca de tiros, em que ninguém foi ferido,
Samuel estava com um comparsa. Não se sabe se era Edilson. Ele e Samuel foram
autuados por crimes de cárcere privado, grave ameaça de morte e resistência à
prisão.
Reportagem: Tiago Silva
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