A policia civil, através do Núcleo de Apoio a Investigação (NAI) e da Superintendência do Salgado, prendeu na tarde de ontem em Castanhal, nordeste do Estado, três mulheres acusadas de tráfico de entorpecentes. A ordem para distribuir a droga partia de dentro da cadeia.
Mulheres acusadas |
Foi com base em denúncias anônimas que Gleice de Jesus Sousa, 22, Rosiane Silva dos Santos, 29, e Ivaneide Oliveira de Sousa, 36, foram presas. As três estavam com mais de meio quilo de pasta base de cocaína, numa casa localizada no bairro da Saudade II. De acordo com informações da polícia civil, a droga seria misturada com outras substâncias químicas e distribuída para as bocas de fumo. “A droga estava sendo preparada com vários produtos como barrilha leve, solução de bateria, pó de giz. Depois de misturada seria levada para as bocas de fumos da cidade e de outras localidades”, disse o delegado Fernando Rocha.
Segundo ainda o delegado, a distribuição do produto seria autorizado por um presidiário identificado por Marcelo Bob, ele está preso no complexo penitenciário de Americano, depois de ser transferido do Centro de Recuperação de Castanhal (CRCAST), onde foi apontado como líder do tráfico dentro da cadeia. “Sabemos da periculosidade do Marcelo Bob, por isso está em Americano. A droga só sairia de Castanhal quando ele mandasse”, disse.
O presidiário já foi apontado pela policia por recrutar meninas para traficar em Castanhal e chegou a ter um relacionamento com uma adolescente, que falsificou o documento de identificação para entrar na cadeia de Castanhal. Depois do envolvimento com a garota, ela ficou encarregada de comprar e preparar o entorpecente para ser vendido na cidade. Depois de ser identificada, a adolescente foi apreendida e encaminhada para um centro de recuperação.
Droga apreendida |
As três mulheres presas em flagrante estavam na casa de Ivaneide preparando a droga quando foram surpreendidas. Segundo a dona da residência, ela autorizou o preparo do entorpecente por que conhece uma das acusadas. “Eu sabia que era errado, mas pensei que não iria acontecer nada com a gente. No final receberia um trocado”, contou Ivaneide Oliveira.
Para o delegado Fernando Rocha o próximo passo é descobrir quem foi o fornecedor da droga e para quem seria distribuída. “Essa é a nossa meta, descobrir onde a droga foi comprada. Possivelmente veio da capital. Outro ponto a ser investigado é o destino final. Vamos interrogar todos os envolvidos para saber para quem seria vendido”, disse.
A polícia civil informou que as três mulheres foram autuadas por tráfico de drogas e serão encaminhadas para o presídio feminino. Já o presidiário, Marcelo Bob, mesmo já estando preso vai ser autuado mais uma vez por tráfico.
Texto e fotos: Paulo Allan Queiroz
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