“Mulher casada cheira a bala”. Quem
nunca ouviu esse ditado popular? Pois é, foi o que aconteceu com o trabalhador
autônomo Ailton Silva da Silva, de 49 anos, que foi executado com vários tiros,
na periferia da cidade de Castanhal, região do nordeste paraense. No domingo
(23), o relógio ainda ia marcar 14h30min quando a equipe do DIÁRIO foi acionada
para cobrir um homicídio que acabara de acontecer no bairro Bom Jesus, mais
precisamente na travessa Manoel Galvão, também conhecida como a “rua do
espeto”.
No local, a reportagem encontrou a
guarnição do subtenente Júnior, da Polícia Militar, e, às proximidades, o corpo
de um homem prensado entre uma parede de alvenaria e uma cerca de madeira e
arame farpado. No corpo foram detectadas várias perfurações provocadas por
disparos de arma de fogo, principalmente na cabeça e costas. Na parede ficaram
três marcas de bala de revólver calibre 38.
Depois, foi descoberto que Ailton Silva
da Silva, sentado com amigos, em frente a uma residência, que fica quase ao
lado de sua casa, ingeriam bebida alcoólica quando, em determinado momento,
surgiram dois homens desconhecidos em uma motocicleta, sendo que o que estava
na garupa desceu do veículo já efetuando vários tiros contra Ailton, que ainda
tentou escapar da morte, mas ficou “engatado” entre a parede de alvenaria e a
cerca. Nesse momento foi executado.
No momento do crime, “amigos de copo” da
vítima saíram correndo e disseram não teriam reconhecido o atirador e nem o
comparsa dele. O irmão da vítima, que se identificou apenas como Dinomar, disse
que já haviam tentado assassinar seu irmão, dias antes, tentando arrombar sua
residência. “Ele (Ailton) não tinha envolvimento com a criminalidade e nem com
drogas. Seu único defeito era a bebida e, quando bebia gostava de mexer com
mulher casada, inclusive donos de bares, por onde ele frequentava, o
aconselhavam pedindo para ele (Ailton) parar com isso, mas meu irmão respondia
dizendo que na testa não estava escrito que as mulheres eram casadas”, relatou
Dinomar, irmão de Ailton.
As mesmas informações foram repassadas
ao subtenente Júnior, da Polícia Militar. “Realmente o crime possa ter sido por
motivo passional, já que o próprio irmão da vítima nos informou que ele, quando
bebia, gostava de mexer com mulheres casadas”, confirmou o suboficial. Ailton
Silva da Silva era natural de Belém e, segundo seu irmão, há pouco tempo estava
morando sozinho no Bom Jesus. O corpo foi removido ao Instituto Médico Legal
(IML). O caso será investigado pela Divisão de Homicídios (DH) de Castanhal.
Por Tiago Silva (Diário do Pará)
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