Policiais civis da cidade de
Castanhal, nordeste do estado, sob o comando do delegado Vitor Fontes,
prenderam, por volta das 10h de ontem, um despachante de veículos acusado pelas
práticas de estelionato e falsificação de CNH (Carteira Nacional de
Habilitação).
Robson Sá de Menezes, de 37 anos, foi
preso em seu escritório situado bem ao lado do Departamento de Transito
(Detran), às margens da avenida Presidente Vargas, em Castanhal. “As
investigações apontam que Robson Sá de Menezes pegava dinheiro de pessoas com a
promessa de renovação da CNH ou a mudança de categoria da carteira das vítimas.
Ele ainda falsificava o documento dizendo que o motorista exercia a função
remunerada e, quando tal motorista era parado em alguma blitz, acabava
descobrindo que na verdade a CNH era falsificada. Pelo menos doze pessoas foram
vítimas do acusado”, explicou o delegado Vitor Fontes.
O policial civil disse ainda que o
despachante agia com outra modalidade. “Ele (acusado) recebia de cem a mil e
seiscentos reais para entregar as carteiras aos motoristas, sem ao menos que
eles passassem por qualquer tipo de exame ou orientação em uma autoescola.
Existem casos de pessoas que pagaram de má fé, para conseguir mudar das
categorias AB para a D”, salientou Vitor Fontes. Contra Robson Sá de Menezes
existia em aberto um mandado de prisão expedido pelo juiz de direito da Comarca
de Castanhal, Líbio Araújo Moura.
As investigações começaram em março do
ano passado depois que um condutor foi parado em uma barreira de fiscalização
da Polícia Rodoviária Federal. Os agentes constataram que a carteira do
motorista era falsificada e o conduziram até a Delegacia de Polícia Civil de
Castanhal. Para o delegado de plantão, o condutor disse que havia conseguido
renovar a CNH no escritório do despachante Robson. Além dele, outros condutores
disseram terem adquirido suas carteiras de motorista por meio da mesma pessoa.
As investigações da Polícia Civil continuam, para saber se existem outras
pessoas envolvidas no esquema.
Robson Sá de Menezes está custodiado no
Centro de Recuperação de Castanhal (CRCAST). “Ele vai responder pelos crimes de
estelionato e falsificação de documentos público, já que os laudos do IML
comprovaram que as carteiras são mesmo falsificadas. Robson pode pegar até onze
anos de cadeia”, finalizou o delegado Vitor Fontes.
Reportagem: Tiago Silva
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