Uma adolescente de 17 anos foi flagrada enquanto tentava repassar drogas
a um presidiário no Centro de Recuperação Regional de Castanhal, nordeste do
Pará, no dia de ontem. A jovem foi descoberta durante a revista feita por
agentes prisionais. Moradora no bairro do Tapanã, na periferia de Belém,
ela foi até o município de Castanhal, utilizando documentos pessoais
adulterados de uma irmã do presidiário Werlen Garcia Monteiro, de apelido
"Rato". Com ela, 54 gramas de maconha foram encontradas nas partes
íntimas dela. A adolescente, junto com o presidiário e as drogas, foram
conduzidos para a Seccional Urbana de Castanhal, no bairro de Jaderlândia,
pelos agentes do Sistema Penitenciário do Pará, Eder Lameira e
Lidiene Sousa, responsáveis por encontrar a maconha com a jovem.
Em depoimento ao
delegado Fábio Veloso de Castro, a jovem revelou que iria repassar a droga ao
presidiário, que, por sua vez, pretendia revender a maconha a outros presos na
penitenciária. Werlen Monteiro foi autuado nos crimes de tráfico de drogas
qualificado e corrupção de pessoa com menoridade penal. Contra a
adolescente, o delegado lavrou o auto de Investigação de Ato Infracional
em virtude da participação dela nos atos infracionais de tráfico de drogas,
falsificação de documentos públicos e falsidade ideológica. "Ela - a
adolescente - poderá ainda responder pelo furto dos documentos, caso fique
comprovado que a irmã de Werlen realmente não tenha participado do crime",
explicou o delegado Fabio de Castro.
Werlen, vulgo "RATO" |
Ainda, segundo o
policial civil, o caso será investigado para que, ao final da
apuração, seja identificada a pessoa que repassou a droga para a
adolescente. "Seria um homem do bairro da Terra-Firme, em Belém,
porém, para que as investigações avancem, não daremos mais detalhes sobre
as informações a respeito desse suspeito", ressaltou. O preso Werlen
Monteiro retornou ao presídio, enquanto a adolescente foi
apresentada à Justiça de Castanhal. O delegado representou
pela internação da jovem em local apropriado, junto ao Poder Judiciário,
por entender que a garota estava em situação de risco.